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PF diz que autor do atentado a Bolsonaro agiu sozinho

Foto: Reprodução / N10

A Polícia Federal (PF) não encontrou, até o momento, nenhum indício de que Adélio Bispo de Oliveira tenha agido a mando de uma terceira pessoa quando esfaqueou o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL). Depois de duas semanas de investigação, a PF não localizou indicativos de que o acusado tenha recebido ajuda de uma outra pessoa para cometer o crime, como chegou a ser especulado no início do processo.

A primeira parte da apuração foi concluída e agora os investigadores pediram um prazo de 15 dias para apresentar o relatório final do caso à Justiça Federal. De acordo com o Jornal O Globo, a polícia deverá abrir uma nova investigação para aprofundar ainda mais a apuração do caso. Mesmo sem indicativos claros de mandantes ou participação de terceiro, a polícia pretende esgotar todas as hipóteses para não deixar nenhuma margem de dúvida sobre as circunstâncias e as responsabilidades pela tentativa de assassinato do candidato à Presidência.

VERSÃO DE ADÉLIO

Até o momento, as investigações convergem com a versão apresentada desde o primeiro depoimento de Adélio. O agressor garantiu que agiu por conta própria motivado por divergências políticas com Bolsonaro. Num novo depoimento, prestado na segunda-feira (17), Adélio repetiu que esfaqueou o candidato por causa de “divergências ideológicas” entre os dois.

Na investigação, a PF vasculhou computadores, dados armazenados em celulares, contatos telefônicas, redes sociais, contas bancárias e relações pessoais, entre outros aspectos da movimentação de Adélio. Mais de dez policiais, considerados altamente qualificados, foram destacados para levantar informações e checar detalhes mínimos do caso.

ATENTADO

Adélio foi preso em flagrante após esfaquear Bolsonaro na tarde de 6 de setembro, quando o candidato era carregado nos ombros de apoiadores durante uma caminhada em Juiz de Fora. Ele confessou o crime. Mais tarde, advogados disseram que Adélio tem problemas psiquiátricos. Investigadores reconhecem a existência de supostos distúrbios, mas entendem que os problemas não seriam suficientes para reduzir a gravidade do crime cometido pelo responsável pelo atentado.

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