Política

Baianos se dividem sobre impeachment e otimismo aparece dos dois lados

Baianos se dividem sobre impeachment e otimismo aparece dos dois lados

Foto: Montagem/ Bahia Notícias
Parlamentares baianos que participaram da votação da admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PR) na Câmara dos Deputados preveem que o governo deve conseguir derrubar o processo no plenário. Ou melhor, uma parte dos baianos. A outra parte já considera favas contadas que a sessão do próximo domingo (17) deve encaminhar para o Senado Federal o pedido de impedimento da presidente. O Bahia Notícias consultou quatro deputados federais que votaram na comissão, dois favoráveis ao processo e dois contrários. E a divisão de prognósticos foi semelhante ao resultado dos parlamentares da Bahia na comissão: metade foi a favor e a outra metade contra (veja aqui). Para Bacelar (PTN), “do ponto de vista de estratégia, foi uma vitória do governo” na comissão especial. “O problema do governo era não deixar que atingisse dois terços. Eles [a oposição] precisavam de 44 votos aqui. O governo não poderia perder por 15 votos, mas ficou numa margem que já era esperada”, sugeriu o aliado de Dilma. Correligionário do relator do processo, Jovair Arantes (PTB-GO), Benito Gama apontou que a oposição obteve 10% a mais de votos do que a previsão inicial. “Já vamos começar a preparar a luta. Isso foi uma etapa. No plenário é mais solto, então precisamos só de mais 7% para crescer. 1% ao dia e a gente consolida isso”, avaliou Gama. O deputado Elmar Nascimento (DEM) compartilha da opinião de Benito e é ainda mais otimista. “Na conta nossa, já estava batendo os 340 no sábado. Agora é questão de continuar com o discurso afinado com o povo. Eu acredito que nós vamos ter surpresas nessas 48h, com partidos da base aderindo”, previu o democrata. Membro da bancada do PR, cujo líder, Maurício Quintella (AL), abandonou o posto após a sigla determinar a votação contrária ao impeachment, José Rocha, minimizou o resultado na comissão. “Não é reverter. Se mantiver essa proporção, o governo se salva no plenário. Não é reversão. Se mantiver, não terá problema”, comentou, prevendo que a legenda terá entre 15 e 20 votos contrários ao impeachment – em um total de 40.
BN

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