Shopping da Bahia vai reciclar segurança envolvido em tentativa de expulsão de criança
Foto : Divulgação
O Shopping da Bahia emitiu uma nova nota em que anuncia a reciclagem do segurança que impediu um cliente de pagar uma refeição a uma criança. O profissional será afastado de atividades relacionadas a atendimento ao público e passará por uma nova rodada de cursos e capacitações, segundo o centro de compras.
Por meio da nota, o estabelecimento disse que os vigilantes são orientados apenas a coibir a prática do comércio informal e impedir que pessoas, inclusive crianças, abordem clientes com pedidos de dinheiro, alimentos ou produtos, mas que “não há e nem nunca houve nenhuma orientação para uma abordagem que fosse além” de coibir essas ações.
Confira a íntegra:
O Shopping da Bahia vem a público, mais uma vez, pedir desculpas pelo ocorrido. Após uma reunião nesta terça-feira, o empreendimento decidiu pelo afastamento do profissional de atividades relacionadas a atendimento ao público. Mesmo não tendo nenhuma orientação do Shopping que suporte as ações tomadas pelo profissional, optamos por trabalhar a sua reabilitação.
Além disso, ele foi advertido e segue para uma nova rodada de cursos e capacitações. Reforçamos também que, neste momento, é necessário esclarecer diversos pontos que vem sendo abordados em torno do fato.
1 – Nossos seguranças recebem treinamentos periódicos, não apenas com conteúdo técnico, mas também conteúdo sobre o contexto social que vivemos. Em 2017, toda a equipe do empreendimento recebeu treinamento de autoridades nacionais em temas como racismo, diversidade e enfrentamento de temas de alta relevância para nossa operação. Entre os especialistas que estiveram com a nossa equipe, estão lideranças como o professor Hélio Santos, presidente do Instituto Brasileiro da Diversidade, e a vice-presidente do Fórum Nacional de Gestores LGBT, Bruna Lorrane.
2 – Não há e nem nunca houve nenhuma orientação para uma abordagem que fosse além de coibir ações de comércio informal e de pessoas (crianças e adultos) que tentam abordar clientes com pedidos de dinheiro, alimentos ou produtos. A decisão do cliente é soberana e tem que ser respeitada, sem nenhuma ação violenta ou que gere constrangimento. Atuamos em parceria diária com órgãos como Conselho Tutelar, Juizado de Menores, Instituto IRIS, Polícias Civil e Militar, e a orientação é sempre pelo cumprimento da lei e respeito aos direitos humanos;
3 – O shopping repudia qualquer acusação de racismo institucional, e temos orgulho da nossa relação com o povo de Salvador, suas matrizes culturais, étnicas e sociais.
Encerramos, pedindo mais uma vez, desculpas e lamentando o ocorrido. As desculpas são direcionadas a todos os que se sentirem tristes e ofendidos com o fato, mas especialmente aos envolvidos e suas famílias. Metro 1