River Plate derrota Tigres e é tri da Copa Libertadores
Três a zero para o River Plate. Três títulos da Copa Libertadores da América. Três títulos sul-americanos consecutivos. E o Tigres triste. Assim terminou a final nesta quarta-feira, 5, sob chuva, no Monumental de Núñez, em Buenos Aires.
Na semana anterior, houve um 0 a 0 no México. Apenas na decisão, gol de visitante não valeu como critério de desempate. Então, era preciso vencer. E foi na base da raça e da camisa tradicional que conseguiu isso o atual campeão da Copa Sul-Americana e da Recopa.
Como habitual em confrontos decisivos, houve muitas divididas, marcação forte, demonstrações de vontade, faltas duras. E até violência. Aos 8 minutos, o atacante Alario voou por trás de Pizarro e golpeou seu tornozelo direito. Recebeu o primeiro cartão amarelo do jogo, mas poderia ter sido expulso. Aos 44, ele balançou a rede, desviando de cabeça um cruzamento do lateral esquerdo Vangioni, que arrancou do meio-campo com dois dribles – um deles entre as pernas do meia Damm.
Aos 29 do segundo tempo, o volante uruguaio Carlos Sánchez marcou em pênalti sofrido por ele mesmo. Aos 33, o zagueiro Funes Mori fez outro gol, de cabeça, após cobrança de escanteio. E a festa não parou mais no lotado estádio.
Suspenso, o técnico riverista, Marcelo Gallardo – campeão como meia do time há 19 anos – estava proibido de ir ao banco de reservas e ao vestiário dos donos da casa para dar instruções. Mas um dos seus auxiliares foi flagrado pelas câmeras de TV em diálogo com um aparelho guardado no paletó, o que levantou suspeitas de drible na punição.
Sem os uruguaios Mora e Viudez, machucados, os Millonarios chegaram a ser dominados. O Tigres buscava o primeiro título de times mexicanos, que jogam a competição desde 1997. Cruz Azul e Guadalajara haviam sido vices diante de Boca Juniors, em 2001, e Internacional, em 2010, respectivamente.
O River já estava assegurado no Mundial de Clubes, em dezembro, no Japão, pois clubes do México não podem ocupar a vaga da América do Sul.
Treinado por Ricardo Ferretti, o clube de Monterrey teve outros dois brasileiros como titulares: zagueiro Juninho e o atacante Rafael Sobis, duas vezes campeão pelo Inter.
Ressuscitado
Rebaixado em 2011 à Série B, o River Plate, maior vencedor do Campeonato Nacional, subiu em seguida e acrescentou o troféu de 2014 à sua galeria. Ano passado, conquistou a Sul-Americana diante do colombiano Atlético Nacional de Medellín. Em 2015, superou o rival San Lorenzo na Recopa.
Na última rodada da fase de grupos desta Libertadores, após empates de 1 a 1 e 2 a 2 entre os dois futuros finalistas, o Tigres, já classificado, bateu de virada o Juan Aurich por 5 a 4 no Peru e evitou a eliminação do River.
O gigante argentino venceu apenas o boliviano San José – por 3 a 0, em casa, na última das suas seis partidas. Avançou como o pior dos 16 times das oitavas de final.
Em seguida, passou pelo arquirrival Boca, que tinha 100% de aproveitamento, com direito a jogo de volta cancelado devido a ataque com gás tóxico de um torcedor adversário no Estádio La Bombonera. Depois os Millonarios derrubaram Cruzeiro, Guaraní e, por fim, Tigres.
River Plate 3 x 0 Tigres – Final da Copa Libertadores da América
Local: Estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires (Argentina)
Quando: quarta-feira, 5, às 22h
Gols: Lucas Alario, aos 44 minutos do primeiro tempo; Sánchez (pênalti), aos 29, e Funes Mori, aos 33 minutos do segundo tempo.
Árbitro: Darío Ubriaco (Fifa/Uruguai).
Cartões Amarelos: Sánchez, Cavenaghi, Funes Mori e Lucas Alario (River Plate); Torres Nilo, José Rivas, Gignac, Jiménez e Juninho (Tigres).
Renda e público: Não disponíveis.
River Plate – Barovero; Mayada, Maidana, Funes Mori e Vangioni; Sánchez, Ponzio, Kranevitter (Lucho González) e Bertolo; Cavenaghi (Pisculichi) e Lucas Alario (Driussi). Técnico: Marcelo Gallardo.
Tigres – Guzmán; Jiménez (Guerrón), Juninho, José Rivas e Torres Nilo; Arévalo Ríos (Dueñas), Guido Pizarro, Jürgen Damm e Javier Aquino; Rafael Sóbis e Gignac. Técnico: Ricardo Ferreti.
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