Pautas-bomba podem anular cortes propostos por Dilma
O Congresso Nacional aprovou, neste ano, projetos que levarão o governo a um gasto extra do ordem dos R$ 22 bilhões. Caso os projetos entrem em vigor, o gasto praticamente anulará o corte proposto pelo governo Dilma Rousseff para tentar equilibrar o Orçamento em 2016, que é de R$ 26 bilhões, afirma ojornal Folha de S. Paulo.
Os Congressistas, liderados pelos peemedebistas Eduardo Cunha, na Câmara, e Renan Calheiros, no Senado, abriram os cofres públicos principalmente a funcionários públicos e aposentados. Apesar do veto de Dilma a três projetos, eles poderão entrar em vigor já nesta terça-feira (22), quando as canetadas presidenciais serão analisadas. Para que um veto de Dilma seja derrubado é preciso o voto de, pelo menos, 257 dos 513 deputados e 41 dos 81 senadores.
Um dos projetos mais temidos é o aumento do judiciário, da ordem dos 59,5% nos próximos quatro anos, que geraria um impacto de R$ 25,7 bilhões até 2018 e de R$ 10 bilhões por ano, daí em diante. Outros dois projetos da pauta bomba, vetados pela presidente, são o que estende a todos os aposentados a política de valorização do salário mínimo e o que cria uma alternativa ao chamado fator previdenciário, mecanismo que reduz o valor de aposentadorias precoces, sendo que a primeira medida, por si só, acarretaria um custo extra de R$ 135 bilhões até 2030, de acordo com o Ministério da Previdência Social.
Analistas e políticos ouvidos pelo jornal consideram que as chances de a presidente ser derrotada nos vetos são muito altas, o que dificultaria suas chances de reequilibrar as contas públicas.
MSN