Mulher acusada de matar marido queimado é presa no dia do aniversário
Acusada de matar o próprio marido queimado no dia 27 de dezembro do ano passado, na comunidade Lucas da Feira, em Feira de Santana, Iracelma Souza dos Santos foi presa nesta quinta-feira (8), dia em que completa 23 anos de idade.
Ela foi apontada como principal suspeita pelos familiares da vítima, Gessivaldo Mota de Souza, 23, que inclusiverealizaram uma manifestação em frente ao Complexo de Delegacias na manhã da última segunda-feira (5) pedindo a prisão dela.
Durante a manifestação a polícia aproveitou para obter mais informações sobre a morte de Gessivaldo e conseguiu prendê-la dias depois na delegacia da cidade de Ipecaetá.
“Enquanto colhíamos os depoimentos, as equipes da Delegacia de Homicídios (DH) realizavam diligências para localizá-la nos endereços obtidos, mas até ontem ela não havia sido encontrada nem houve a possível apresentação dela e então representamos pela prisão preventiva. Hoje ela se apresentou na delegacia de Ipecaetá, para onde a equipe da DH se deslocou, fez o interrogatório e assim cumprimos o mandado de prisão expedido em desfavor dela”, informou ao Acorda Cidade a delegada Klaudine Passos.
Em depoimento, segundo a delegada, Iracelma disse que tinha um relacionamento conturbado com a vítima e chegou a se separar dele, mas reatou em setembro. “Ela chegou a ir à Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher), a Vara da Violência Doméstica, foram deferidas medidas protetivas em favor dela para que o mantivesse afastado, só que o casal achou por bem reatar em setembro, mesmo com as brigas e desavenças, e em dezembro houve o crime”, disse Klaudine.
Sobre a causa do homicídio Iracelma contou que a vítima chegou em casa embriagado e a agrediu sem motivos aparentes. “Diante dessa e de tantas outras agressões já sofridas, ela pegou um isqueiro no momento em que ele foi ao banheiro e tocou fogo no sofá, sendo que esse sofá ficava próximo ao banheiro, que tinha uma cortina feita de lençol. Talvez isso fez com que as chamas aumentassem, e também levando em consideração o fato de que ele estava embriagado, talvez isso tenha impedido que ele tentasse procurar socorro durante o incêndio. Não foi premeditado porque foi uma coisa do momento”, concluiu a delegada tipificando o crime como passional, por conta do histórico de envolvimento amoroso entre autora e a vítima.
O corpo da vítima foi encontrado carbonizado por populares na madrugada do dia seguinte ao crime, em Feira de Santana, na casa onde residiam. Apesar da versão dela, a família do homem no dia da manifestação levantou a hipótese de que ela teria mandado alguém cometer o crime.
Com fotos e informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade