Ministério põe dez capitais em alerta para dengue e chikungunya; Salvador fica de fora
O Ministério da Saúde (MS) anunciou que dez capitais brasileiras estão em estado de alerta para dengue e chikungunya. Salvador, mesmo próximo a Feira de Santana, cidade com maior número de casos de chikungunya no país, não está na lista composta por Maceió, Natal, Recife, São Luís, Aracaju, Vitória, Cuiabá, Porto Alegre, Belém e Porto Velho. Segundo o ministério, 44% dos 1.463 municípios que fizeram o Levantamento Rápido do Índice de Infestação de Aedes aegypti (LIRAa) estão em situação de alerta ou de risco para as duas enfermidades que são transmitidas por mosquitos da família Aedes. Nas capitais e nos demais municípios foi verificado um alto grau de criadouros. Há ainda algumas capitais que não enviaram as informações, entre elas Salvador, segundo o relatório da pasta. A assessoria da Secretaria Municipal de Saúde, no entanto, garantiu a remessa dos dados. Ainda de acordo com o MS, a região Nordeste é a que apresentou o maior número de cidades em situação de alerta: 354 e outras 96 em situação de risco. A maior parte dos criadouros foi encontrada em armazenamento de água, 78,8%. Bahia e Amapá já apresentam epidemia da chikungunya. “O momento é agora para reduzir os riscos, antes de o período das chuvas chegar”, disse o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa. O ministério também lançou nesta terça uma campanha de alerta para o combate dos mosquitos, sob o mote “o perigo aumentou”, em uma alusão direta ao risco de o país enfrentar, no próximo verão, epidemias simultâneas das duas doenças, a dengue e febre chikungunya. “Não podemos desconsiderar que temos o duplo risco neste ano”, disse o ministro da Saúde, Arthur Chioro. Ao apresentar os números, ele chamou a atenção para a necessidade de se reforçar estratégias de prevenção nas áreas afetadas por problemas de abastecimento de água. “É preciso olhar armazenamento de água, medidas de proteção, com o uso de tela”, acrescentou. Com informações do Estadão.