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Maior parte dos motoristas não sabe utilizar o extintor de incêndio

147819_bigthumb600Apesar da exigência das autoridades do trânsito para a portabilidade do extintor veicular – agora no modelo ABC, que atua de forma mais eficaz sobre todas as partes do carro –, a maioria dos condutores não é preparada adequadamente sobre como utilizar o acessório na possibilidade da ocorrência de um princípio de incêndio no automóvel.

O major Ramon Diego, subcomandante do 3º Grupamento de Bombeiros Militar de Salvador, orientou de forma didática os procedimentos a serem adotados para o uso do extintor nos casos de princípio de incêndios em automóveis.

A primeira orientação dele é no sentido de que os condutores de veículos “saibam onde está o extintor no interior dos carros e que verifiquem como retirá-lo do local. Deve-se, também, observar se o acessório de segurança mantém o lacre de fábrica e se está ajustado no suporte do carro”, recomendou.

Para o oficial do Corpo de Bombeiros, “o que mais preocupava no caso do uso dos antigos extintores era a ineficácia para conter a propagação do fogo nos revestimentos e apetrechos plásticos – como painéis, carpetes e forro – impedindo a debelação de um incêndio. Já o novo tipo de extintor tem a capacidade de evitar a propagação de chamas”. Ele chamou a atenção, ainda, para o “calor gerado pelo fogo como um fator a mais de extensão da ameaça” e quanto às “impurezas tóxicas contidas na fumaça decorrente do sinistro”.

Ramon Diego fez ver que a ação do motorista deve ser a mais imediata possível, pois o fogo tende a se alastrar entre um a três minutos.

Ele recomendou que “a abertura do capô seja procedida de forma lenta para evitar o choque com o oxigênio, o que somente aumenta a possibilidade de maior combustão”. Constatado que o fogo tem a origem na parte dianteira do veículo, “deve-se abrir o capô lateralmente e aplicar um primeiro disparo do extintor. Somente então é que se deverá abri-lo por inteiro e aplicar o extintor de forma direta”.

Ele orientou ainda para o fato de que “fumaça branca e sem cheiro não representa risco de incêndio. No entanto, fumaça escura e com cheiro é, sim, princípio de incêndio. O recomendável, portanto, é estacionar o carro urgentemente em local aberto, se for possível, e retirar do carro todos os ocupantes.

Os incêndios podem ser decorrentes de curtos-circuitos na parte elétrica, queima de partes plásticas ou de combustível. Em suma, o seu extintor de incêndio deve estar sempre próximo de seu alcance. Procure familiarizar-se com ele, retirá-lo do suporte, verificar se o seu indicador de pressão está na faixa verde, o que indica que ele está pressurizado.

Verifique também a data de validade e reencaixe-o de volta ao suporte. Atente para que o lacre do seu extintor veicular não esteja violado: caso isto ocorra, a autoridade policial poderá aplicar a penalidade de multa.

Faça a revisão periódica das mangueiras de distribuição do combustível. É recomendável, também, que ao instalar sons e acessórios elétricos no carro procure utilizar ou certificar-se da utilização de fios adequados e do correto isolamento. Vale lembrar que os extintores de incêndio veiculares tipo ABC têm garantia de cinco anos dada pelo fabricante e não podem mais ser recarregados.

Outro dado importante é não acionar o extintor para testar o funcionamento. Com o acionamento, ainda que pequeno, ocorre gradualmente a despressurização, o que comprometerá a eficácia do funcionamento do equipamento na possibilidade da ocorrência de um princípio de incêndio.

Voz da Bahia

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