Fifa rebate críticas à Copa do Mundo com 48 seleções
O presidente da Fifa, Gianni Infantino, voltou a defender neste sábado (17) a proposta de realizar uma Copa do Mundo com 48 seleções, após receber críticas especialmente das federações europeias, e afirmou que esse formato só teria ‘aspectos positivos’. ‘É normal que tenhamos diferentes respostas dos diferentes grupos’, afirmou o dirigente em entrevista coletiva realizada no Estádio Internacional de Yokohama, palco da decisão do Mundial de Clubes da Fifa amanhã, entre Real Madrid e Kashima Antlers. ‘Somos a Fifa e temos que levar em consideração a opinião dos europeus, mas também das federações e dos clubes do resto do mundo’, destacou Infantino.Clubes e técnicos da Europa criticaram a proposta do presidente da Fifa ao considerar que ela rebaixaria o nível técnico da Copa do Mundo, além de ampliar o calendário, prejudicando a condição física dos jogadores. ‘O formato de 48 equipes não requer mais partidas por torneio. Cada equipe que chegasse à final jogaria sete (partidas) no máximo, como agora. Também não precisamos mais dias, seriam 32, como agora, nem de estádio: usaríamos 12’, explicou. ‘Só teríamos aspectos positivos, já que 48 países participariam do maior torneio do mundo e fariam a promoção do futebol’, completou.Sobre uma possível mudança no formato do Mundial de Clubes, ampliando-o das sete equipes atuais para 16, Infantino disse que é sempre preciso ter a ‘ambição de melhorar as coisas’. ‘Achamos que ter o Mundial de Clubes espremido no meio do calendário faria com que ele perdesse impacto. Não podemos esquecer que o futebol já não é mais uma coisa da Europa e da América Latina. Por enquanto, o atual formato vai permanecer, mas, se pudermos melhorá-lo, seria estupendo’, concluiu.