Doença misteriosa: médico descarta transmissão de uma pessoa para a outra
O infectologista Antônio Bandeira disse à Rádio Metrópole, nesta sexta-feira (16), que a doença misteriosa que se manifestou em 11 pessoas de Salvador não é infecciosa, isto é, que as suas causas não são provocadas por agentes como vírus, fungos ou bactérias. “Afastamos completamente que a doença seja infecciosa” , declarou. Ainda segundo ele, a doença não é transmitida de pessoa para pessoa.
De acordo com o médico, as investigações estão considerando que uma toxina liberada por peixes são as possíveis causas da doença, já que parte dos pacientes infectados relataram o consumo da carne de peixe. Entretanto, a recomendação sobre a ingestão da proteína é algo que precisa ser ponderado. “Parar ou não parar, a princípio, a autoridadae sanitária que poderia definir. Eu possso dar minha opinião pessoal que é a de que as pesssoas efetivamente ponderem, frente ao que estamos descobrindo, o que elas consideram mais apropriado”, disse Bandeira.
Casos semelhantes aos que aconteceram na capital baiana também foram registrados na Amazônia, mas após o consumo de peixes que vivem em água doce. “No nosso caso é diferente, tem olho de boi e badejo [de água salgada]. Mas tudo é possibilidade não é certeza ainda”, acrescentou o médico.
Antônio Bandeira também falou sobre o encontro que foi realizado no início da tarde desta sexta com membros da Secretaria de Saúde do Município e do Estado, pesquisadores os Instituto Fiocruz. “Há um envolvimento muito grande das autoridades no intuito de avançar e definir melhor o assunto”, declarou.
A doença
Os pacientes relataram fortes dores musculares e urina escura – que pode gerar insuficiência renal. Segundo o infectologista, a evolução dos doentes foi rápida, durando em média três dias, o que revelou que a inflamação foi aguda e inesperada. Os pacientes não apresentaram quadro febril, de dores intestinais ou de garganta.
Metro1