Com crise e dólar alto, oferta de voos entre Brasil e EUA cai quase 40%
De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a oferta de voos entre o Brasil e os EUA, principal destino de brasileiros no exterior, caiu quase 40% nos últimos meses. Essa redução afeta tanto voos operados por empresas brasileiras (Latam, Azul) quanto norte-americanas (American, Delta). E coincide com o aprofundamento da crise econômica e valorização do dólar, que encareceu as viagens e as compras lá fora e fez a demanda pelos bilhetes cair.
O corte praticamente reverteu o crescimento no número de voos entre os dois países visto a partir de 2011, após a assinatura de um acordo bilateral. Em 2011, as empresas aéreas brasileiras operavam 60 voos semanais entre Brasil e EUA e, as norte-americanas, 146. Após o acordo, os números chegaram, respectivamente, a 115 (junho do ano passado) e 210 (abril de 2014). Hoje, porém, as empresas brasileiras operam 72 voos semanais entre os dois países, queda de 37,4% em relação aos 115 de junho de 2015. Já as norte-americanas operam 130, redução de 38,1% na comparação com os 210 de abril de 2014. Esses índices são parecidos com a redução no número de passageiros transportados entre os dois países. Segundo a Anac, entre janeiro e abril de 2016 foram 1.111.499 passageiros, 35,7% menos que o verificado no mesmo período do ano passado (1.728.405).
Segundo a agência, somando-se o impacto do dólar com a queda da renda e do poder de compra dos brasileiros (resultados da desaceleração da economia e aumento da inflação), a redução da demanda por voos “é consequência inevitável.”
Metro 1