Coluna Vida Saudável: Estimulantes Sexuais
por Juliana Feroldi
Juliana Feroldi escreve sua coluna para o BN às quartas-feiras
Pesquisa mostra que não. O desejo de melhorar o desempenho sexual leva jovens de 20 a 35 anos a utilizarem medicamentos para disfunção erétil de maneira irregular, ou seja, sem indicação de um especialista. Pesquisa feita com mais de 300 homens que apresentam problemas sexuais, mostra que cerca de 20% deste total afirma já ter feito o uso de estimulantes sexuais pelo menos uma vez, sem prescrição médica. Na hora da consulta, as explicações são sempre as mesmas: curiosidade, vontade de aprimorar a performance sexual e, claro, o receio de falhar na “hora H”.
No entanto, o médico urologista, Joaquim Claro, explica que os comprimidos não apresentam resultados para grande parte dos homens. A medicação não é instantânea e muito menos mágica como acreditam os pacientes. Se o indivíduo já é saudável, o pênis dele não vai ficar ainda mais rígido após o consumo. Portanto, não vai haver mudança no desempenho”, afirma. O médico alerta que os estimulantes sexuais podem causar dores de cabeça e musculares, diarreia, alergias, visão dupla e, em casos mais severos, até cegueira. Os pacientes cardiopatas também não podem ingerir este tipo de medicamento, considerado um vasodilatador, principalmente sem supervisão médica. Somente o especialista pode diagnosticar a necessidade de uso e, ainda, o melhor método, conforme critérios como idade, histórico familiar e condição financeira. “Os efeitos colaterais são perigosos, mas há ainda o risco da dependência psicológica. O homem passa a supervalorizar a droga e liga o seu próprio desempenho sexual ao uso do remédio. Esta atitude gera um grau elevado de ansiedade e o paciente fica com medo de não ter mais relações satisfatórias se não contar com a ajuda medicamentosa”, destaca Claro.
Conheça outras atitudes importantes para manter uma vida sexual ativa: