Esporte

Com casa cheia, Brasil vence Peru em Salvador

No seu 20º jogo em território baiano, sempre na capital Salvador, o Brasil venceu pela 15ª vez (no retrospecto geral, soma também cinco empates). Na nova Fonte, foi a segunda partida e o segundo triunfo.

O resultado, que elevou a Seleção à terceira colocação nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa de 2018, foi óbvio. Já os protagonistas do 3 a 0 sobre o Peru, não.

O astro Neymar, abusando do individualismo, não fez o que se esperava dele. Já Willian e Douglas Costa, coadjuvantes de luxo, tiveram destaque até superior às expectativas. O Brasil não marcou nenhum gol que não tivesse participação de um deles.

Melhora gradual

Os  minutos iniciais de jogo foram preocupantes. O Peru se mostrava disposto a incomodar e não se limitar a defender. Tanto que deu o primeiro chute a gol da partida, com Farfán, aos 45 segundos de bola rolando, e teve a chance inaugural do duelo aos três minutos, quando uma sobra ficou com Guerrero, mas ele, livre na área, bateu em cima de Alisson.

Já o Brasil demorou a criar. A linha de defesa peruana, com cinco jogadores bastante recuados, oferecia espaços na intermediária ofensiva da Seleção, que não aproveitava. Só tinha tentado em finalizações de muito longe de Daniel Alves e Elias até o gol de abertura do placar sair, aos 21 minutos.

Foi quando Willian voltou a provar ser o jogador que vive melhor momento na Amarelinha. Ele tabelou com Elias, driblou e bateu cruzado para Douglas Costa completar.

A esta altura, o Brasil já estava mais à vontade em campo e as jogadas fluíam melhor. Porém, as oportunidades de gol ainda eram escassas. Até a chamada para o intervalo, a equipe só assustou em uma cobrança de falta aparentemente despretensiosa. Mesmo em posição lateral, Douglas Costa chutou direto e acertou a trave.

Ponto crucial: Neymar estava apagado. E continuou assim. Na etapa inicial, apareceu apenas pelo cartão amarelo que levou por falta violenta. Na complementar, a registrar um gol anulado por impedimento duvidoso e inúmeros lances de individualismo exagerado. O solista parece ainda não ter se acostumado à ideia de, na Amarelinha, ter ao lado outros jogadores capazes de manter o alto nível das jogadas.

Foi o que fez Douglas Costa aos 12 minutos. Passou pelo meio de seis peruanos e tocou para Renato Augusto deslocar o goleiro e ir às lágrimas. “Depois de tudo que passei (uma série de lesões), 2015 está sendo excepcional (é destaque do ‘quase’ campeão brasileiro Corinthians). Por isso me emocionei”, explicou ele.

Aos 31, Douglas Costa, o craque do segundo tempo (Willian foi o do primeiro), voltou a brilhar. Levou a bola da esquerda para o meio e chutou forte. No rebote de Penny, Filipe Luís decretou a goleada.

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