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Tite critica gramado na derrota do Brasil para o Peru: ‘Não é desculpa da derrota’

Tite conheceu a sua terceira derrota à frente da Seleção Brasileira na madrugada desta quarta-feira (11), ao perder para o Peru por 1 a 0. Ele havia perdido para a Argentina, em amistoso, e para a Bélgica, na Copa do Mundo de 2018. O treinador lamentou a o resultado e criticou o estado do gramado do Los Angeles Memorial Coliseu, palco do jogo. Ele cobrou atitude da CBF e da empresa responsável por marcar os amistosos do selecionado.

“Está errado, o gramado influencia no desempenho, não pode acontecer. Corre risco de lesão. Não é desculpa da derrota, não quero colocar isso. Não peguem só uma parte do que estou dizendo. Tem que matar no peito, assumir a derrota. O adversário montou estratégia e ganhou. Mas futebol de alto nível não pode acontecer. Está ligado também à Argentina e Chile (jogaram na quinta no mesmo estádio). Não pode ter campo nessas condições. Vai ter escanteio, vai ter contato com adversário e vai parar na arquibancada”, disparou. “As pessoas responsáveis, a empresa, eu também tenho minha responsabilidade, antes conversei com Juninho (diretor de Seleções da CBF). A Pitch (empresa organizadora) precisa cuidar disso, sim”, completou.

O estádio é a casa do Los Angeles Rams, time da NFL, a Liga de Futebol Americano. O gramado é natural, mas muito baixo e duro. “Tem que ter um campo melhor para jogar. Não pode ter um campo desse, não dá para ter um espetáculo num gramado desse. Dá para jogar soccer, dá para jogar de tênis. A gente teve três primeiras bolas que fomos inverter, foram três bolas longas porque não teve precisão. Não é desculpa para a derrota, porque foi para os dois. Mas que um busca mais jogar e outro busca contato, tem uma diferença”, disse.

Tite também comentou a presença de Neymar no banco de reservas. O camisa 10 entrou na partida aos 17 minutos do segundo tempo no lugar de Firmino, quando o placar ainda mostrava 0 a 0. “Foi Neymar, foi Dani, foi Thiago, foi Arthur. Temos que saber jogar sem as pilastras técnicas da equipe, as pilastras de liderança, de capitania, de liderança comportamental. Eu não consigo tirar conclusões sem botar para jogar. Temos que responder enquanto equipe também. Mas teve (uma condição física), sim, para ele ficar no banco”, comentou.

O jogo também ficou marcado como a estreia de Vinicius Junior no time profissional da Seleção Brasileira. Ele entrou na vaga de Richarlison aos 27 da etapa final. “Calma com o Vinicius. Ele entrou para tentar o lance, dar profundidade. Ele puxou uma jogada com Neymar. Precisa de espaço para ter bola lançada. Mas vai amadurecer. É um garoto. Vai amadurecer”, falou Tite.

O Brasil volta ao gramado no próximo mês de outubro para novos amistosos, ainda sem data e adversários definidos. Serão os últimos desafios da Seleção em 2019. BN

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