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Novo presidente do BNDES diz que prioridade é abrir ‘caixa-preta’

Gustavo Montezano tomou posse nesta terça e evitou dar opinião sobre os negócios realizados pelo banco. Ele também disse que quer devolver R$ 86 bilhões ao governo neste ano.

O novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, afirmou nesta terça-feira (16), após tomar posse em cerimônia no Palácio do Planalto, que a sua prioridade no comando do banco é explicar a chamada “caixa-preta” na instituição financeira.

Montezano substituiu no comando do banco o economista e ex-ministro Joaquim Levy. O ex-presidente do BNDES pediu demissão do banco em junho após o presidente Jair Bolsonaro declarar publicamente que estava insatisfeito com a atuação do economista. Uma das queixas de Bolsonaro era a suposta leniência de Levy em divulgar o que ele classifica de “caixa-preta” do BNDES.

Ao deixar o cargo, Levy afirmou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara que investiga supostas práticas ilícitas no BNDES que não há “nada a esconder” no banco.

O que a gente está se propondo a fazer é explicar a ‘caixa-preta’. Há uma duvida clara sobre o que há ou não no BNDES. Cada um me conta uma informação diferente da mesma história. Ao final de dois meses, quero ser capaz de explicar esse conjunto de regulações, empréstimos, perdas financeiras que contextualizam a ‘caixa-preta’. O que sairá desse estudo, eu prefiro não comentar agora. Prefiro fazer o dever de casa e qualificar esse tema”, declarou Montezano nesta terça.

Apesar de o novo presidente do banco público citar a “caixa-preta”, o BNDES passou a divulgar, em 2015, por meio do site BNDES Transparente, o valor da taxa de juros cobrada nas operações de crédito para exportações de serviços a outras nações, como Cuba, Angola, Argentina e República Dominicana, entre outros.

“Qualquer que seja a conclusão, a gente precisa ser transparente e trazer ela para a sociedade e para a mídia. Qualquer coisa que eu fale agora, pode ser leviano ou parcial. Esperem dois meses para a gente ter algo completo e conclusivo. É a prioridade um do banco. Aspecto de imagem, protocolo, a gente tem de analisar sobre todas essas óticas”, acrescentou Montezano.

JM Notícia


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