CBF “ouve” Fifa e proíbe investidores no futebol brasileiro
O Departamento de Registro e Transferência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou nesta terça-feira, através de seu site oficial, o Regulamento Nacional de Registro e Transferência de Atletas de Futebol, já devidamente adaptado às novas normas da Fifa. A principal mudança é o banimento da presença de investidores intermediários nas negociações.
Apesar de ainda não estar clara como será essa transição, somente os clubes poderão ter direitos econômicos dos jogadores a partir de maio de 2015. A nova medida foi anunciada pela Fifa no fim de setembro do ano passado. “Tomamos uma decisão firme que a participação de terceiros deve ser banida. Mas não pode ser banida imediatamente, haverá um período de transição”, disse Blatter. A participação de terceiros sobre jogadores acontece quando os direitos de atletas são parcialmente ou totalmente de propriedade de empresários, em vez de apenas do próprio clube do atleta. A prática é muito comum no Brasil e na Argentina, mas também ocorre em alguns países europeus, especialmente em Portugal. Em território brasileiro, a decisão deve custar caro, já que a maioria das equipes depende de fundos para acertar com reforços. Na contramão da América do Sul, a Uefa foi defensora fervorosa do banimento. Segundo a imprensa inglesa, a entidade europeia foi pressionada por clubes da Premier League, insatisfeitos em dividir os direitos econômicos dos principais jogadores com investidores. Um destes exemplos é o português Jorge Mendes, acusado pela mídia britânica de usar empresas em paraísos fiscais para comprar jogadores como Di María (Manchester United) e Diego Costa (Chelsea). (Portal Terra)