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Governo corta água e projeto de irrigação de Ponto Novo pode acabar

 
Foto: Arquivo/Romilson Almeida

Fonte: Itapicuru FM

O projeto de irrigação de Ponto Novo está na UTI e pode ir a óbito, caso a chuva demore a cair e o volume da barragem não se recupere rapidamente, pois apesar dos atuais 25% de água (10 milhões de metros cúbicos), o governo já cortou a água para a irrigação, não atendendo ao apelo dos irrigantes para permitir mais um mês de suprimento mínimo para manter a plantação viva, já que a produção está praticamente perdida e grandes prejuízos financeiros.
Produtores reconhecem a gravidade da crise hídrica, sabem que a prioridade deve ser para o consumo humano e animal, mas acham prematura a interrupção neste momento em razão do volume armazenado no lago.
Hoje, o projeto de irrigação possui 145 lotes de agricultores familiares ocupados por 180 famílias e 33 lotes empresariais, que garantem a sobrevivência de pelo menos 1700 famílias, ou aproximadamente 30 % da população do município; na prática, uma catástrofe na economia de Ponto Novo caso o projeto tenha fim.
Se consumada a previsão negativa, a recuperação do projeto no futuro seria uma possibilidade quase impossível, pois os pequenos proprietários não teriam recursos financeiros para tanto, sem contar a insegurança que alcança aos lotes empresariais com altos investimentos e sem garantias hídricas futuras.
“Estamos apelando ao governador Rui Costa; dos atuais dez milhões de metros cúbicos, pedimos que nos disponibilize apenas meio milhão de metros cúbicos, como última oportunidade para não vermos nossas plantações morrerem por falta de água.”, diz um produtor que já está em desespero.
“O momento é de sacrifício de todos. Ainda não tenho conhecimento de um plano de racionamento por parte da Embasa; todos temos que ser solidários em torno do uso da água, acredito que a Embasa já deveria reduzir o abastecimento para o consumo humano” disse o produtor Jailton Araujo.
A população e as autoridades de Ponto Novo estão apreensivas diante desta situação, sobretudo com o futuro da economia e também se unem aos produtores no pedido ao governador.

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